9 de set. de 2011

Maternidade

Fui no último fim de semana visitar uma linda bebê de uma semana, chegando na casa dos pais sortudos, encontro um pai sonolento mas feliz e uma mãe exausta e radiante. Ambos falando que é cansativo, mas vale a pena e completamente voltados para a cria.
O dilema de um bebê rosa começou a bater em minha porta, sou casada a quase 4 anos, e começo a pensar em um bebê. DESABAFO ON: na verdade como boa neurótica, já tenho nome, Francisco, porque claro que terei um menino, tenho  certeza!! (alguém duvida?); tenho a creche, uma muito bem recomendada; tenho em mente a decoração do quarto, animais da floresta; tenho a maternidade, lembrancinhas da maternidade... só não estou grávida, isso é só um detalhe, e até poderia ser, se não tivesse também tantas dúvidas. DESABAFO OFF.
Tenho vários medos, e todos ou “quase” todos egoístas... Sinto-me culpada por olhar pro meu umbigo quando o assunto é maternidade? Sim. Isso faz com quê queira enfrentá-los? Sinceramente, não sei.
Os dilemas:
1.       Não tenho minha vida profissional estabilizada. Escolhi uma carreira que demora (assunto para outro post), então fica aquela luta interna, mãe X profissional. Não quero demorar ainda mais para me estabilizar como profissional, ainda faltam anos e uma gravidez agora faria tudo ficar ainda mais demorado. Acho admirável, as mulheres, donas de si, que abrem mão temporariamente do lado profissional em prol da maternidade. Não me sinto capaz de fazer isso, pelo menos, não agora!

2.       Tenho 4 anos de casada, mais gostaria de aproveitar mais o casamento, tenho viagens que gostaria de fazer, fins de semana inteiros para “priguiçar na cama” (quando possível claro!). Então começo a me perguntar, como ficariam as coisas com um bêbe? Claro que sei que dormir torna-se lenda, rsrsrs. Mais e meu sonho de viagem? E a relação marido e mulher? E o casal? E o cineminha, o teatro ou o restaurante?

3.       Confesso, tenho medo de embarangar, totalmente egoísta, eu sei. Mas tenho medo... como meu corpo vai reagir após a gravidez? Voltarei ao peso? Celulite... estrias... manchas... tenho medo!

4.       O relógio, mulher é fogo... o relógio biológico conta contra, depois dos 35 é mais difícil engravidar, e mais fácil desenvolver diabetes gestacional, é mais fácil o bebê nascer com alguma síndrome (como down), é aí... vale a pena esperar até quando?

5.       Será que conseguirei engravidar com facilidade? Antes pensava que era simples assim... quero ficar grávida...logo... fico grávida. Hoje vejo que não é bem assim, gravidez parece jogo de azar, você tem de 30 a 31 dias no mês e no máximo em 5 é que você pode engravidar, racionaliza, é mais fácil não engravidar! E contamos 5 dias, se estiver tudo bem com você e com seu parceiro, tem que estar ovulando, saúde em dia e tudo mais. E se não for fácil pra mim? Quanto tempo terei que esperar e o que terei que fazer para engravidar? Louca eu?

6.       Será que saberei cuidar daquele ser que depende exclusivamente de mim? Serei uma boa mãe? Vou saber educar, de modo a torná-lo(a) uma pessoa de bem, com caráter?
São tantos medos, tantas interrogações, às vezes me pergunto se meu lado maternal não e meio defeituoso. O certo não seria não ter medo? Deixar o egoísmo de lado e encomendar (ou começar a tentar) para a cegonha?
Minha grande questão é: QUANDO SERÁ O MOMENTO CERTO, ou melhor: SERÁ QUE REALMENTE EXISTE UM MOMENTO CERTO?

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