2 de dez. de 2011

O Pisca-pisca e a psicopata que existe em mim

Acordei hoje por volta das nove da manhã, e quando cheguei na cozinha e por lá fiquei por algum tempo, comecei a sentir meus instintos psicóticos (de psicopata profissional), se é que isso existe, talvez tivesse virando lobiwoman também vai-se saber.
Senti as unhas crescerem, as presas ficarem mais afiadas e os pelos arrepiarem e crescerem (depilação again), comecei a ter uma vontade louca de invadir o apartamento de um vizinho e quebrar tudo e também o vizinho claro. E tudo isso por um pisca-pisca, isso mesmo, um daqueles infelizes, made in china, que não para de tocar aquela irritante musiquinha, com toque rouco de coisas compradas em lojas de 1,99.
Como hoje foi meu dia de pinicagem, então passei boa parte do dia entre a cozinha, área de serviço e banheiro (que tava precisando de um banho) e escutei esta música dos infernos %#@&?, durante todo o tempo e comecei a ficar totalmente desequilibrada.
Fala sério que é a criatura que deixa uma porcaria dessas tocando e tocando, comecei a pensar... calma vai quebrar, vai quebrar, eu sei que vai quebrar, estes troços quebram rápido, ledo engano, o troço é mais resistente do que eu pensava. Comecei a pensar quem seria o possuidor daquele objeto do mal, devorador de cérebros? Será que é a velhinha surda do sexto andar, se assim for tô ferrada, mina sanidade mental (que já é quase inexistente vai embora, a pobre velhinha mora sozinha e é surda, nem deve se tocar que possui um instrumento de tortura em casa, com aquela musiquinha rouca.
E o pior de tudo que aquelas notas musicais com toque totalmente eletrônico e pior que pagode, axé ou sertanejo universitário ela continua tocando na sua cabeça, nota após nota, mesmo quando não estou em um lugar do apartamento que não escuto.
A tarde foi passando e minha obsessão para saber que era aquele terrorista do pisca-pisca só foi aumentando, escutei alguém assoviando ao toque da música e era assovio de homem, chego a conclusão que só pode ser o dono, afinal já são seis da noite (já me lamentei pro marido que riu das minhas queixas) e ninguém no prédio, além do dono do infernal objeto, deve estar gostando dessa música.

Agora são mais de nove da noite, a música toca a mais de doze horas, já escuto o som da sala (uma vez que o barulho da rua diminuiu), já decidi vou fazer promessa para nossa senhora, vou dar uma de louca e vou sair espancando vizinhos ao acaso, qualquer coisa, só não agüento mais essa música, enquanto isso pra me consolar marido ri e diz, agüenta firme vai parar depois do ano novo. E eu... sinto que vou enlouquecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário